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sexta-feira, 27 de maio de 2016

TARAUACÁ: POLÍCIA MILITAR PRENDE "NEGO DO IBOAÇÚ", ACUSADO DE HOMICÍDIO NO RIO MURÚ


Nego do Iboaçú está preso e flagranteado pelo delegado Obetânio
Policiais Militares de Tarauacá foram informados de um possível homicídio acontecido no Rio Murú. A informação era que um sujeito conhecido como "Nego do Ibuaçu" teria assassinado com um terçado a vítima de nome Marcos. 

Imediatamente, o Comando do Batalhão acionou uma guarnição para se dirigir até a localidade. Informados de que os possíveis envolvidos no ocorrido estariam descendo para a cidade, os PMs passaram a fazer abordagens nas embarcações. Não demorou muito, encontraram um barco com os suspeitos e deram logo voz de prisão para Nego do Iboaçu.

Uma testemunha que vinha no barco contou os detalhes do crime aos policiais. Segundo ela, por volta das 21:30 h, da última quarta feira, 25 de maio, o caseiro da fazenda, Marcos Barbosa, 21 anos, começou a selar seu cavalo quando "Nego" apareceu com um terçado e desferiu-lhes vários golpes. "Nego" também tentou contra a vida de outras pessoas. 

Preso Lucimar Gomes dos Santos, o "Nego do Iboaçú", 35 anos, foi levado até a delegacia para responder pela pratica dos crimes homicídio e tentativa de Homicídio. Os crimes aconteceram no Rio Muru, Seringal Cardoso, Zona Rural deste município.

De acordo com informações da polícia, "Nego do Iboaçú", há cerca de 5 anos, foi preso e cumpriu pena no Presídio Moacir Prado por assassinar brutalmente outro homem, chegando a degolá-lo com um terçado. O crime aconteceu no igarapé Iboaçú.

TARAUACÁ: TARAUACAENSE VANESSA ARAÚJO DISPUTA CONCURSO MISS SÃO PAULO NESTE SÁBADO


Vanessa Araújo, candidata de Campinas, durante desafio de maquiagem (Foto: Lucas Ismael/BE Emotion)

A tarauacaense Vanessa Araújo, que há 3 anos mora na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, onde se tornou a miss da cidade, justifica o título de que sua Tarauacá é a "terra da Mulher bonita" e vai disputar neste sábado o concurso de Miss São Paulo. São ao todo 30 candidatas que participarão do evento para escolha da Miss SP 2016, que será realizado neste sábado, 28 de Maio, com transmissão exclusiva da Band e do band.com.br. O concurso vai escolher a representante do Estado para o Miss Brasil 2016.


Miss Campinas já trabalhou como frentista - Vanessa Araújo representa Campinas no Miss São Paulo BE Emotion 2016. Mas o mundo da beleza nem sempre fez parte de sua realidade. A candidata já trabalhou como cantora, após ganhar um concurso na escola aos 14 anos, locutora de rádio, vendedora ambulante de calçados e frentista. “Desde criança queria ser adulta e independente, ter meu próprio dinheiro. É uma obsessão para mim”, diz ela. Ela conta que sonhava ser locutora e bateu na porta de uma rádio em Tarauacá, no Acre, onde morava. “Fui aceita e, mais tarde, ganhei um programa jovem em uma FM”, relembra. Porém, quando se mudou para a capital, Rio Branco, precisou abandonar a atividade e decidiu procurar um emprego de meio expediente que a ajudasse a pagar a faculdade de direito. 


Acabou em um posto de gasolina, onde ficou por três meses. “O dono queria que eu fosse uma vitrine para atrair clientes e eu me sentia mal, além de gerar uma situação complicada com as colegas. Não foi fácil”, relembra. Em seguida, ela se tornou garçonete e fez um curso de mecânica para trabalhar na área de pós-venda de uma montadora. Até conseguir estágios na área jurídica, o que faz até hoje, em uma empresa de Campinas.

Ao chegar à idade limite para participar do Miss São Paulo BE Emotion e outros estaduais, além do Miss Brasil, decidiu investir num sonho que diz ser de infância. “Era algo muito distante, pois eu não tinha condições de me preparar. Mas cheguei aos 25 anos, recusei até noivado [mas continua com o namorado]. Era a hora”.


Para se preparar, ela afirma ter perdido 15 quilos em apenas dois meses, com uma dieta altamente restritiva e exercícios. Chegou a ir para a academia três vezes no mesmo dia. “Já me sinto muito feliz, porque não me achava capaz de conseguir. Nem a nutricionista acreditava”, diz ela, que adora o ar vintage dos concursos. “Os tempos mudaram, mas eu sou apegada ao clássico. Adoro o tchauzinho de miss, que todo mundo critica”.


Marcado para o sábado, dia 28, às 22h15, o Miss São Paulo BE Emotion será transmitido ao vivo, com exclusividade, pela Band e oband.com.br. 

Vote aqui na sua candidata favorita. Você pode colocá-la no top 15.

Por Anna Carolina Lementy
entretenimento@band.com.br

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Ufac e Ifac ofertam mais de 550 vagas na Sisu; inscrições começam na segunda

 João Renato Jácome  26/05/2016  11:52:21
O Instituto Federal do Acre (IFAC) e a Universidade Federal do Acre (UFAC) vai ofertar mais de 550 vagas para cursos de nível superior gratuitos na edição 2016.2 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As vagas já podem ser consultadas no portal virtual do processo seletivo. As inscrições iniciam no próximo dia 30m segunda-feira.
Em todo o país, o número de vagas aumentou 1,5% em relação às cerca de 55,6 mil ofertadas no segundo semestre do ano passado. Podem participar do Sisu os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 e não tiraram zero na redação.
A lista completa, com descrição de vagas por campus, abrangendo todas as regiões do Estado, pode ser consultada no site.

TARAUACÁ - ESPECIAL: O DIA EM QUE OS TARAUACAENSES CARAS-PINTADAS FORAM PARAS AS RUAS NA LUTA POR EDUCAÇÃO SUPERIOR

quinta-feira, 26 de maio de 2016


Tudo começou numa sexta feira, primeiro de junho do ano de 2012, no Clube da Maçonaria em Tarauacá quando reunimos a população, autoridades locais e uma caravana do Ensino Superior e Técnico do Estado do Acre, representantes da Universidade Federal do Acre - UFAC, Governo do Acre, Instituto Federal do Acre - IFAC, Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, parlamentares federais e estaduais, que aqui se juntarão aos poderes municipais e ao Movimento Popular pelo Ensino Superior e Técnico em Tarauacá.

Movimento pelo nível superior em Tarauacá
Foi o dia em que os tarauacaenses caras - pintadas foram ás ruas em defesa do ensino superior no município. O movimento histórico, foi a maior manifestação popular dos últimos tempos em nossa cidade, através da união de todos os segmentos sociais, em defesa da bandeira da educação superior e técnica em nossa cidade. 

Escolas se mobilizaram
O movimento que estava sendo preparado há cerca de 3 meses, ganhou adesão das autoridades, personalidades, instituições públicas, privadas e da sociedade que se conscientizou e se organizou em caravanas dos bairros e das escolas e foi para a manifestação.

Prefeita Marilete Vitorino falando aos presentes 
À frente da organização do movimento, está o Sinteac - Sindicato dos Trabalhadores em Educação e à Rádio Comunitária Nova Era FM, com apoio das escolas públicas, grupos de juventude, movimento sindical e comunitário, prefeitura, câmara de vereadores e todos os outros poderes e instituições públicas.

Campus do IFAC
INAUGURAÇÃO DO IFAC - Nesta sexta feira, 27 de maio de 2014, 4 anos depois, será inaugurado o Campus do Instituto Federal do Acre. Uma unidade com mais de 3.700 metros quadrados irá possibilitar a expansão da oferta de cursos técnicos e superiores para atender a regional. A sede própria do Campus Tarauacá do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC será inaugurada nesta sexta-feira, dia 27 de maio, às 10 horas da manhã. Localizado as margens da BR – 364 a 1.800 metros da região central do município no sentido para Cruzeiro do Sul, a nova unidade de ensino irá possibilitar a ampliação de 200 para 1.300 vagas de cursos técnicos e superiores para atender a regional de Tarauacá-Envira.

Infraestrutura - O Campus Tarauacá possui 3.779,52 m² de área construída com 10 salas de aulas, um auditório com capacidade para 200 pessoas, biblioteca com acessibilidade, dois laboratórios de informática, laboratórios de línguas, biologia, química, matemática e física, além de salas administrativas como de professores, registro escolar, coordenações, direção, data center, depósitos e outras. Conforme a diretora de Obras e Infraestrutura do IFAC, Profa. Janara Alexandre da Silva Vasconcelos, parte da área externa como estacionamento, guarita e calçadas está sendo conclusa após o período chuvoso na região. Este é o primeiro campus construído pela gestão do Instituto Federal do Acre. Os campi Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Sena Madureira foram construídos pelo Instituto Federal do Amazonas - IFAM em contratos firmados antes de 2009, quando ainda não havia sido nomeado nenhum reitor pro tempore para o IFAC. Já o prédio do Campus Xapuri foi doado numa parceria da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado, sendo posteriormente reformado pelo IFAC para adequação da oferta de cursos técnicos e superiores. 

O terreno do Campus Tarauacá tem 77 hectares e foi doado pelo Governo do Estado do Acre. A obra foi licitada em 2013 e iniciou em 2014, com algumas pausas por causa das chuvas e da trafegabilidade para que os materiais chegassem ao local. O investimento do Governo Federal na construção foi de R$ 10.382.793,32. 

Expansão educacional

As atividades do Instituto Federal do Acre em Tarauacá iniciaram em 2013 com a oferta de cursos de formação inicial e continuada pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec. Naquele mesmo ano o Ministério da Educação autorizou o funcionamento do Campus (Portaria nº 993, de 07/10/2013). No início de 2014 a primeira oferta de cursos técnicos foi na modalidade de Educação a Distância (EaD) em um prédio alugado na região central do município.

Em 2015, após estudo sobre a necessidade de profissionais na região, foram ofertadas as primeiras turmas presenciais de cursos técnicos integrado ao médio de Agricultura e Florestas. Em consonância com os arranjos produtivos locais, a gestão do IFAC participa ativamente das proposições públicas de Ensino, Pesquisa e Extensão no município, como atividades esportivas, culturais, de acessibilidade e de organização territorial.

O Campus Tarauacá também avançou a proposição dos primeiros cursos de formação inicial e continuada nas aldeias da regional em Feijó e Tarauacá. O Pronatec-Indígena tem o acompanhamento da Fundação Nacional do Índio – Funai e organizações não-governamentais.

No início deste mês de maio, dia 09, a presidenta da República, Dilma Rousseff, fez a inauguração simbólica do Campus. A reitora do IFAC, profa. Rosana Cavalcante dos Santos e o diretor Geral da Unidade, prof. Sérgio Guimarães da Costa Flórido, estiveram em Brasília para receberem a placa que será agora descerrada nesta sexta-feira, dia 27, com a comunidade tarauacaense.


RETROSPECTIVA DA HISTÓRIA DO IFAC EM TARAUACÁ.


Agosto de 2011 presidenta Dilma anuncia a criação do IFAC em Tarauacá
IFAC EM TARAUACÁ - A presidente Dilma Roussef, anunciou a criação do Campus do IFAC em Tarauacá no dia 16 de agosto de 2011. O reitor do IFAC, Prof. Marcelo Minghelli, o governador do Acre, Tião Viana, o deputado federal Sibá Machado e a prefeita de Tarauacá, Marilete Vitório, estavam presente na solenidade no Palácio do Planalto.

Nós sabemos a diferença que um campus de um Instituto Federal faz nos municípios. O conhecimento e a ciência não tem fronteira”, destacou a presidente Dilma. O, então, ministro da Educação, Fernando Haddad, explicou que a escolha das novas 120 unidades de Educação Profissional em todo o País foi baseada nos índices sócio-econômicos e educacionais. 

Tarauacá, município de 35 mil habitantes, fica a 400 quilômetros da capital Rio Branco. O índice de analfabetismo na região é elevado (mais de 50% da população acima de 25 anos) e não há oferta de cursos superior contínuo. 

A instalação do IFAC será um presente para nossa população carente da oferta de cursos de Educação de Jovens Adultos (Proeja), técnicos e superior que a instituição pode oferecer”, disse a Prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino. 

“Estaremos realizando uma visita técnica à região nos próximos dias para definir o local da unidade e quais os cursos que iremos oferecer. O Campus de Tarauacá vai beneficiar toda a região, sendo um dos pontos base para a implantação do Programa Acre 100%”, explicou o reitor Prof. Marcelo Minghelli. 

Hoje o Instituto Federal do Acre já está com atividades de Educação, Ciência e Tecnologia nos municípios de Rio BrancoCruzeiro do Sul,Sena MadureiraXapuri. Nos três primeiros as aulas acontecem em unidades provisórias, enquanto os campi estão em construções. Em Xapuri o prédio do Campus Avançado foi doado pelo Governo do Estado e está em projeto de implantação o Centro de Biotecnologia, que funcionará em outro local.
Ensaio - Em 2007 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia autorizado a instalação de uma Escola Técnica Federal do Acre. Os primeiros estudos e direcionamentos para a entidade foram traçados pelo então Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas - Cefet/AM, conforme autorização das portarias nº1065 de 13/11/2007 e nº 1201 de 12/12/2007. O diretor pro tempore da ETFAC, José Carlos Nunes de Mello, ficou encarregado de ouvir as demandas apresentadas em pesquisas e conferências organizadas pelo Instituto Dom Moacyr, instituição do Governo do Estado do Acre. 

Realidade - O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre - IFAC foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sancionou a lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008. 

Em 17 de dezembro de 2009, pela portaria nº1192, foi nomeado o administrador e educador Elias Oliveira como reitor pro tempore do IFAC. Em um ano foram realizados cinco concursos públicos e estão em construção os campi de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Sena Madureira. O início acadêmico do IFAC deu-se em julho de 2010 com a oferta de nove cursos com ênfase em Recursos Naturais e Ambiente, Saúde e Segurança e aproximadamente 350 alunos. 


Em 19 de novembro de 2010, pela Portaria nº 11.337, foi nomeado o novo reitor pro tempore do IFAC, Prof. Dr. Marcelo Minghelli. Em seis meses o IFAC/Campus Xapuri passou a ter sede própria, através da doação de uma escola pelo Governo do Estado e a Prefeitura de Xapuri. O banco de docentes passou de 180 para 390 e o de técnicos de 77 para 211 profissionais. As obras do IFAC em construção pelo IFAM passaram a ser diretamente supervisionadas pelo IFAC. Foi criado o Programa Servidor de Bem com a Vida, uma gestão inovadora que oferece condições de qualificação aos servidores e incentivos a plano de saúde e casa própria. No dia 22 de agosto a presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de mais uma unidade do IFAC, o Campus Tarauacá. No segundo semestre de 2011 iniciou com o registro de 1063 alunos matriculados.

Prefeita de Tarauacá, Marlete Vitório, com o reitor e equipe do IFAC
A Prefeita de Tarauacá, Marilete Vitório, assinou o termo de compromisso para viabilizar a implantação do IFAC em Tarauacá, no dia 16 de setembro de 2011. Com o termo, o município se compromete em auxiliar a instalação da unidade com uma área de 50 hectares com infraestrutura básica de asfalto, água e luz. Para a construção do campus o investimento do Governo Federal em Tarauacá será na ordem dos R$ 20 milhões.

População de Tarauacá participou ativamente da oficina
Ouvindo a Comunidade - Representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade organizada lotaram o auditório da Escola Estadual Dr. Djalma da Cunha Batista na tarde de sexta, participando da oficina “IFAC Ouvindo a Comunidade”. Na abertura da oficina, a prefeita de Tarauacá enfatizou o momento histórico para a região. A representante do Núcleo Estadual de Educação, Profª Francisca Aragão Leite, elogiou a missão do IFAC em “educar, inovar e interagir com a sociedade promovendo inclusão, emancipação, cidadania e desenvolvimento sustentável”. E o reitor, Prof. Marcelo Minghelli reforçou que “a educação eleva oportunidades para o indivíduo e para a sua coletividade. Os Governos Estadual e Federal estão investindo no que há de melhor no Acre: o povo. Com educação geramos oportunidades, e com elas acabamos com a pobreza e nos afirmamos como um país rico para todos”.

O agradecimento
Após a fala das autoridades, o pró-reitor de Extensão, Prof. Breno Silveira, explicou o que é o Instituto e as perspectivas da expansão de suas atividades. “Temos a meta de atender todos os municípios do Acre até 2014”, adiantou, explicando também sobre o Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e o Emprego, projeto de lei que aguarda aprovação no Congresso e que irá impulsionar ainda mais o atendimento do IFAC. Dividido em grupos, cada setor participante deixou suas contribuições sobre as perspectivas de ofertas de cursos para Tarauacá. As sugestões serão sistematizadas e entregues ao Gabinete de Planejamento e Gestão do IFAC que irá unir os dados às estatísticas e demais informações coletadas sobre a região.


MOVIMENTO POPULAR REALIZA MANIFESTAÇÃO EM TARAUACÁ- Liderado pelo sindicato dos Trabalhadores em Educação, o Movimento em defesa de cursos superiores em Tarauacá, mobilizou estudantes, trabalhadores em educação, movimento de juventude, diversas entidades da sociedade civil organizada e realizou a maior manifestação em defesa da causa na presença de representantes do IFAC, UFAC, PARLAMENTARES FEDERAIS, GOVERNO DO ACRE, PREFEITURA E CÂMARA DE VEREADORES DE TARAUACÁ. 

movimento pelo ensino superior
Tendo a educação como foco principal, a sociedade se organizou para participar de uma grande audiência pública que debateu Ensino Superior e Técnico no município. Durante mais de um mês, um grupo de lideranças do movimento social e popular, trabalhou na organização do encontro e na mobilização da população para participar ativamente do "DIA D", em que a cidade recebeu representantes das principais instituições e dos podres públicos do Estado do Acre e do Município de Tarauacá. A luta foi em defesa da implantação de cursos de nível superior e técnico para atender a população da regional compostas pelos municípios de Tarauacá, Feijó e Jordão. Os resultados começam a aparecer.

João Artur que é representante da diretoria de obras do IFAC (na época)
CONSTRUÇÃO DO CAMPUS - Depois da aquisição e da legalização do terreno, uma equipe do IFAC – Instituto Federal do Acre esteve em Tarauacá nesta terça feira(03), para realizar os primeiros trabalhos da construção do Campus do Instituto no município. Esse primeiro trabalho consiste em um levantamento topográfico para definir a malha altimétrica que se constituirá na base da obra. Uma empresa de projeto foi contratada para realizar esse levantamento, apresentar o plano para a equipe de engenharia do instituto e, se aprovado no máximo em 60 dias, começa o processo de licitação para construção do campus. João Artur que é representante da diretoria de obras do IFAC foi quem comandou a equipe, acompanhado de Janara Vasconcelos, coordenadora de infraestrutura além do topógrafo Edgar Gonçalves de Oliveira.

O dia 3 de julho de 2012 pode ser considerado o dia do início da implantação do campus o IFAC Tarauacá que irá atender também população de Jordão e Feijó. O Presidente do Sinteac, Professor Eurico Paz, um dos líderes do movimento em defesa da implantação de cursos superiores em Tarauacá, acompanhou o trabalho da equipe. “Para quem duvidou, nossa luta não está sendo em vão e devemos continuar mobilizados, que só assim os resultados começam a aparecer” comentou o presidente. 


INÍCIO DAS OBRAS - Asa obras do Instituto Federal do Acre/Câmpus Taruacá foram iniciadas as margens da BR-364 a 1.800 metros da região central do município no sentido para Cruzeiro do Sul. O terreno onde será construído o Câmpus tem 77 hectares e foi doado pelo Governo do Estado. A obra total construída pelo Governo Federal tem aproximadamente 20 mil metros quadrados e deve ser entregue em um ano.

A diretora Geral do IFAC/Câmpus Tarauacá, Fabiana Souza, já está vivendo a movimentação do novo campus desde agora. “A verdadeira ´vida´ da Instituição começa agora com os nossos primeiros alunos. Na segunda-feira, dia 31, aconteceu a aula inaugural do primeiro curso regular, o de Técnico em Finanças na modalidade subsequente e no dia 14 iniciaram as aulas da turma de Técnico de Informática para Internet, ambos totalmente gratuitos e na modalidade de Educação a Distância, sendo ministrados em nossa sede provisória localizada na Avenida de João de Paiva”, disse.

Para o segundo semestre de 2014 o IFAC tem a previsão da abertura também de uma turma do Curso Técnico de Fruticultura na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) e dois cursos superiores, de licenciatura em Pedagogia e tecnológico em Agronegócios. “Todas as decisões que tomamos foi ouvindo a comunidade local e analisando suas vocações”, explicou a diretora. O novo Campus de Tarauacá estará voltado também para o eixo tecnológico de Recursos Naturais.

Desde 2013, através de cursos de Formação Inicial e Continuada – FIC, o Instituto oferece atividades de formação profissional no município. Este ano, pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC, o Campus coordena a regional de Tarauacá-Envira atendendo também as cidades de Feijó e Jordão, suas comunidades rurais e indígenas.

Placa inaugural do Campus Tarauacá é entregue em solenidade no Palácio do Planalto


O Campus Tarauacá do Instituto Federal do Acre – IFAC recebeu na manhã dessa segunda-feira, 9, em solenidade no Palácio do Planalto da presidenta da República, Dilma Rousseff, a placa inaugural, com a participação da Reitora Rosana Cavalcante dos Santos e do Diretor Geral da unidade, prof. Sérgio Guimarães da Costa Flórido.

A entrega da placa do Campus Tarauacá ocorreu juntamente com os 40 novos campi de 21 institutos federais, durante o evento “Educação – Avanços e Conquistas”. Em seu pronunciamento a presidenta Dilma Rousseff ressaltou a importância de democratizar e interiorizar o acesso à educação. “As pessoas de pequenas posses não podiam estudar ou tinham que deixar suas regiões. Tenho muito orgulho de ter criado, até hoje, 249 escolas”, destacou.

Presente na solenidade, o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Marcelo Bender Machado, disse que a inauguração dos novos campi é o reconhecimento do avanço da educação profissional no País. “Os institutos federais são de alcance de todos os brasileiros. É uma política educacional que está mudando o Brasil e que vive um processo de expansão, que não é apenas física, mas que transforma vidas, promove a inclusão social e forma trabalhadores de excelência”.

A Reitora Rosana Cavalcante dos Santos destacou a importância da entrega da placa inaugural que será afixada durante a inauguração oficial do Campus Tarauacá, além de enfatizar o compromisso da atual gestão em oferecer ao município de Tarauacá, um prédio com todas as condições de funcionamento. “Com a inauguração da sede própria do Campus Tarauacá daremos continuidade ao trabalho que o IFAC vem realizando no município, com a oferta de cursos que preparam profissionais para o desenvolvimento de Tarauacá”.

Do Blog do Accioly
Com informações do site do IFAC
Blog do Planalto
Blog do Sinteac

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Em gravação, Renan sugere mudar lei da delação premiada, diz jornal

25/05/2016 06h58 - Atualizado em 25/05/2016 14h41

'Folha' publicou diálogo com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.

Presidente do Senado diz que fala não mostra tentativa de atingir a Lava Jato.

Do G1, em São Paulo e em Brasília
Gravações de conversas entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, divulgadas na edição desta quarta-feira (25) do jornal "Folha de S.Paulo", mostram o parlamentar alagoano defendendo uma alteração na lei que trata da delação premiada para impedir que presos colaborem com as investigações (leia ao final desta reportagem trechos das conversas).
A eventual mudança na legislação atingiria, por exemplo, a Operação Lava Jato, que se baseou em relatos de delatores presos para avançar na apuração do esquema de corrupção que atuava naPetrobras.
Os diálogos foram gravados por Sérgio Machado a partir de março, mas as datas das conversas com Renan não foram reveladas.
Esta é a segunda gravação do ex-presidente da Transpetro com caciques do PMDB que vem à tona nesta semana. O primeiro diálogo, com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), culminou na exoneração do peemedebista do comando do Ministério do Planejamento.
Tanto Renan Calheiros quanto Sérgio Machado são alvos da Lava Jato. O presidente do Senado é investigado em sete inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) relativos ao esquema de corrupção da estatal do petróleo, mas ainda não foi alvo de nenhuma denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR).
Em nota, Renan afirmou que "os diálogos com Sérgio Machado não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas". O peemedebista também ressaltou no comunicado que suas opiniões discutidas na conversa com o ex-presidente da Transpetro "sempre foram publicamente noticiadas pelos veículos de comunicação" (leia a íntegra da nota de Renan ao final desta reportagem).
Indicado pelo PMDB, Sérgio Machado presidiu a Transpetro entre 2003 e 2015. Ele se desligou da petroleira após denúncias de envolvimento no esquema de corrupção investigado na Lava Jato.
No diálogo divulgado nesta quarta-feira pela "Folha de S.Paulo", o ex-presidente da Transpetro sugere a Renan um "pacto" para tentar pôr fim à crise política e econômica que seria "passar uma borracha no Brasil".
Não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso"
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, defendendo a Sérgio Machado que presos sejam impedidos de fazer delação premiada
Em resposta, o presidente do Senado pondera que, "antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas", sugerindo que seu diagnóstico foi recomendado por integrantes do STF. Ele não menciona, no entanto, o nome dos ministros da Suprema Corte que avalizariam o ponto de vista dele.
"Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso", observou Renan ao ex-dirigente da Transpetro.
O segundo ponto destacado pelo peemedebista para tentar arrefecer a crise, apontado na conversa gravada antes de o Senado afastar Dilma provisoriamente da Presidência, seria a petista tentar negociar uma "transição" com os ministros do STF.
Sérgio Machado, então, questiona o motivo de Dilma "não negociar" com integrantes do Supremo. O senador responde: "Porque todos [os ministros do STF] estão putos com ela", enfatizou.
"Ela [Dilma] disse: 'Renan, eu recebi aqui o [Ricardo] Lewandowski, querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável'", acrescentou Renan.
A assessoria do STF afirmou à "Folha" que o presidente do tribunal "jamais" manteve conversas sobre suposta "transição" ou "mudanças na legislação penal" com Renan ou com Dilma.
Na conversa com o presidente do Senado, Sérgio Machado também critica a decisão do STF tomada em fevereiro deste ano que autoriza prisões a partir de condenações de segunda instância, e Renan concorda com o interlocutor.
"A lei diz que não pode prender depois da segunda instância, e ele [STF] aí dá uma decisão, interpreta isso e acaba isso", reclama o presidente do Senado.
Sérgio Machado
Ex-deputado e ex-senador, Sérgio Machado foi citado nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do senador cassado Delcício do Amaral (sem partido-MS).
O Ministério Público Federal apurou que o presidente do Senado teria recebido propina de contratos da Transpetro na época em que a subsidiária era presidida por Machado.
Com medo de ser preso, o ex-dirigente da subsidiária da Petrobras procurou Renan, o senadorRomero Jucá e o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP).
O teor das conversas com Jucá, na qual o parlamentar de Roraima defende um "pacto" para barrar a Lava Jato, foi divulgado pela "Folha de S.Paulo" na última segunda-feira (23). A repercussão negativa do caso levou Jucá a pedir demissão do Ministério do Planejamento.
Sérgio Machado fez acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Relator da Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki deve homologar nos próximos dias o acordo de colaboração.
Aécio Neves
Nos trechos da gravação divulgada nesta quarta, Renan conta ao ex-presidente da Transpetro que o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), está com "medo" da Lava Jato.
A PGR pediu ao STF a abertura de dois inquéritos para investigar o suposto envolvimento de Aécio no esquema de corrupção que agia na Petrobras. Os inquéritos estão sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.
O presidente nacional do PSDB foi citado nas delações premiadas de Delcício do Amaral e de Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como "Ceará", funcionário do doleiro Alberto Youssef que era responsável pela entrega de propinas.
Em uma das conversas com Sérgio Machado, o presidente do Senado relata que foi procurado por Aécio, que, segundo o jornal, estaria preocupado com as denúncias do ex-líder do governo que se tornou delator da Lava Jato após ser preso acusado de tentar atrapalhar as investigações.
"Aécio está com medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa'", disse Renan a Machado.
Na nota divulgada nesta quarta-feira, o presidente do Senado se desculpou pela menção a Aécio, dizendo que se referia a um contato do senador que expressava indignação, e não medo, com a citação de Delcídio.
A Executiva Nacional do PSDB informou à "Folha de S.Paulo" que Aécio manifestou a Renan apenas "a sua indignação com as falsas citações feitas a seu nome" e disse que vai acionar Sérgio Machado na Justiça, afirmandou ser "inaceitável essa reiterada tentativa de acusar sem provas".
"Fica cada vez mais clara a tentativa deliberada e criminosa do senhor Sérgio Machado de envolver em suspeições o PSDB e o nome do senador Aécio Neves, em especial, sem apontar um único fato que as justifique. As gravações se limitam a reproduzir comentários feitos pelo próprio autor, com o objetivo específico de serem gravados e divulgados", diz o comunicado enviado ao jornal.
Imprensa
Em determinado momento da conversa, Sérgio Machado reclama da Globo, referindo-se à cobertura da Lava Jato, e, na conversa, Renan cita o nome de João Roberto Marinho, presidente do Conselho Editorial do Grupo Globo:
"Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan", afirmou Machado. "Eu marquei para segunda-feira uma conversa inicial com [inaudível] para marcar... Ela me disse que a conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa. Ele disse para ela... Ela reclamou. Ele disse para ela que não tinha como influir. Ela disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade. E ele disse que está acontecendo um efeito manada no Brasil contra o governo", respondeu Renan.  "Tá mesmo. Ela acabou. E o Lula, como foi a conversa com o Lula?", disse Machado.
Em outro momento, Renan conta de novo o que ouviu de Dilma sobre a conversa com João Roberto Marinho: "João [provável referência a João Roberto Marinho] com aquela conversa de sempre, que não manda. [...] Ela [Dilma] disse a ele 'João, vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos'."
Em nota, João Roberto Marinho explicou que, como disse o presidente do Senado Renan Calheiros, é verdade que sempre que lhe pedem para interferir no noticiário a favor de um grupo ou de outro, a resposta é sempre a mesma: ele não pode mandar que se interfira nos fatos, pois um veículo de imprensa deve tudo noticiar livremente. Ele acrescentou que o compromisso do Grupo Globo é com a notícia e com o público. Acrescentou que essa sua resposta gera desconforto, frustrações e, por vezes, afirmações descabidas, o que é compreensível, especialmente em momentos de crise.
Ainda na conversa, Renan relata a Sergio Machado um encontro entre Dilma e Otavio Frias Filho, sócio e diretor de redação do jornal Folha de S.Paulo:
"Sexta-feira. Conversa muito ruim, a conversa com a menina da Folha... Otavinho [a conversa] foi muito melhor. Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios têm cometido exageros."

Procurado, o jornalista Otavio Frias Filho afirmou que não vai comentar.
Ouça e leia trechos do diálogo entre Renan Calheiros e Sérgio Machado divulgados pela "Folha de S.Paulo":
Primeira conversa
SÉRGIO MACHADO - Agora, Renan, a situação tá grave.
RENAN CALHEIROS - Grave e vai complicar. Porque Andrade fazer [delação], Odebrecht, OAS. [falando a outra pessoa, pede para ser feito um telefonema a um jornalista]
MACHADO - Todos vão fazer.
RENAN - Todos vão fazer.
MACHADO - E essa é a preocupação. Porque é o seguinte, ela [Dilma] não se sustenta mais. Ela tem três saídas. A mais simples seria ela pedir licença...
RENAN - Eu tive essa conversa com ela.
MACHADO - Ela continuar presidente, o Michel assumiria e garantiria ela e o Lula, fazia um grande acordo. Ela tem três saídas: licença, renúncia ou impeachment. E vai ser rápido. A mais segura para ela é pedir licença e continuar presidente. Se ela continuar presidente, o Michel não é um sacana...
RENAN - A melhor solução para ela é um acordo que a turma topa. Não com ela. A negociação é botar, é fazer o parlamentarismo e fazer o plebiscito, se o Supremo permitir, daqui a três anos. Aí prepara a eleição, mantém a eleição, presidente com nova...
[atende um telefonema com um jornalista]
RENAN - A perspectiva é daquele nosso amigo.
MACHADO - Meu amigo, então é isso, você tem trinta dias para resolver essa crise, não tem mais do que isso. A economia não se sustenta mais, está explodindo...
RENAN - Queres que eu faça uma avaliação verdadeira? Não acredito em 30 dias, não. Porque se a Odebrecht fala e essa mulher do João Santana fala, que é o que está posto...
[apresenta um secretário de governo de Alagoas]
MACHADO - O Janot é um filho da puta da maior, da maior...
RENAN - O Janot... [inaudível]
MACHADO - O Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês. Então o que que ele quer fazer? Ele não encontrou nada nem vai encontrar nada. Então ele quer me desvincular de vocês, mediante Ricardo e mediante e mediante do Paulo Roberto, dos 500 [mil reais], e me jogar para o Moro. E aí ele acha que o Moro, o Moro vai me mandar prender, aí quebra a resistência e aí fudeu. Então a gente de precisa [inaudível] presidente Sarney ter de encontro... Porque se me jogar lá embaixo, eu estou fodido. E aí fica uma coisa... E isso não é análise, ele está insinuando para pessoas que eu devo fazer [delação], aquela coisa toda... E isso não dá, isso quebra tudo isso que está sendo feito.
RENAN - [inaudível]
MACHADO - Renan, esse cara é mau, é mau, é mau. Agora, tem que administrar isso direito. Inclusive eu estou aqui desde ontem... Tem que ter uma ideia de como vai ser. Porque se esse vagabundo jogar lá embaixo, aí é uma merda. Queria ver se fazia uma conversa, vocês, que alternativa teria, porque aí eu me fodo.
RENAN - Sarney.
MACHADO - Sarney, fazer uma conversa particular. Com Romero, sei lá. E ver o que sai disso. Eu estou aqui para esperar vocês para poder ver, agora, é um vagabundo. Ele não tem nada contra você nem contra mim.
RENAN - Me disse [inaudível] 'ó, se o Renan tiver feito alguma coisa, que não sei, mas esse cara, porra, é um gênio. Porque nós não achamos nada.'
MACHADO - E já procuraram tudo.
RENAN - Tudo.
MACHADO - E não tem. Se tivesse alguma coisa contra você, já tinha jogado... E se tivesse coisa contra mim [inaudível]. A pressão que ele quer usar, que está insinuando, é que...
RENAN - Usou todo mundo.
MACHADO - ...está dando prazos etc é que vai me apartar de vocês. Mesma coisa, já deu sinal com a filha do Eduardo e a mulher... Aquele negócio da filha do Eduardo, a porra da menina não tem nada, Renan, inclusive falsificaram o documento dela. Ela só é usuária de um cartão de crédito. E esse é o caminho [inaudível] das delações. Então precisa ser feito algo no Brasil para poder mudar jogo porque ninguém vai aguentar. Delcídio vai dizer alguma coisa de você?
RENAN - Deus me livre, Delcídio é o mais perigoso do mundo. O acordo [inaudível] era para ele gravar a gente, eu acho, fazer aquele negócio que o J Hawilla fez.
MACHADO - Que filho da puta, rapaz.
RENAN - É um rebotalho de gente.
MACHADO - E vocês trabalhando para poder salvar ele.
RENAN - [Mudando de assunto] Bom, isso aí então tem que conversar com o Sarney, com o teu advogado, que é muito bom. [inaudível] na delação.
MACHADO - Advogado não resolve isso.
RENAN - Traçar estratégia. [inaudível]
MACHADO - [inaudível] quanto a isso aí só tem estratégia política, o que se pode fazer.
RENAN - [inaudível] advogado, conversar, né, para agir judicialmente.
MACHADO - Como é que você sugeriria, daqui eu vou passar na casa do presidente Sarney.
RENAN - [inaudível]
MACHADO - Onde?
RENAN - Lá, ou na casa do Romero.
MACHADO - Na casa do Romero. Tá certo. Que horas mais ou menos?
RENAN - Não, a hora que você quiser eu vou estar por aqui, eu não vou sair não, eu vou só mais tarde vou encontrar o Michel.
MACHADO - Michel, como é que está, como é que está tua relação com o Michel?
RENAN - Michel, eu disse pra ele, tem que sumir, rapaz. Nós estamos apoiando ele, porque não é interessante brigar. Mas ele errou muito, negócio de Eduardo Cunha... O Jader me reclamou aqui, ele foi lá na casa dele e ele estava lá o Eduardo Cunha. Aí o Jader disse, 'porra, também é demais, né'.
MACHADO - Renan, não sei se tu viu, um material que saiu na quinta ou sexta-feira, no UOL, um jornalista aqui, dizendo que quinta-feira tinha viajado às pressas...
RENAN - É, sacanagem.
MACHADO - Tu viu?
RENAN - Vi.
MACHADO - E que estava sendo montada operação no Nordeste com Polícia Federal, o caralho, na quinta-feira.
RENAN - Eu vi.
MACHADO - Então, meu amigo, a gente tem que pensar como é que encontra uma saída para isso aí, porque isso aí...
RENAN - Porque não...
MACHADO - Renan, só se fosse imbecil. Como é que tu vai sentar numa mesa para negociar e diz que está ameaçado de preso, pô? Só quem não te conhece. É um imbecil.
RENAN - Tem que ter um fato contra mim.
MACHADO - Mas mesmo que tivesse, você não ia dizer, porra, não ia se fragilizar, não é imbecil. Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan.
RENAN - Eu marquei para segunda-feira uma conversa inicial com [inaudível] para marcar... Ela me disse que a conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa. Ele disse para ela... Ela reclamou. Ele disse para ela que não tinha como influir. Ela disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade. E ele disse que está acontecendo um efeito manada no Brasil contra o governo.
MACHADO - Tá mesmo. Ela acabou. E o Lula, como foi a conversa com o Lula?
RENAN - O Lula está consciente, o Lula disse, acha que a qualquer momento pode ser preso. Acho até que ele sabia desse pedido de prisão lá...
MACHADO - E ele estava, está disposto a assumir o governo?
RENAN - Aí eu defendi, me perguntou, me chamou num canto. Eu acho que essa hipótese, eu disse a ele, tem que ser guardada, não pode falar nisso. Porque se houver um quadro, que é pior que há, de radicalização institucional, e ela resolva ficar, para guerra...
MACHADO - Ela não tem força, Renan.
RENAN - Mas aí, nesse caso, ela tem que se ancorar nele. Que é para ir para lá e montar um governo. Esse aí é o parlamentarismo sem o Lula, é o branco, entendeu?
MACHADO - Mas, Renan, com as informações que você tem, que a Odebrecht vai tacar tiro no peito dela, não tem mais jeito.
RENAN - Tem não, porque vai mostrar as contas. E a mulher é [inaudível].
MACHADO - Acabou, não tem mais jeito. Então a melhor solução para ela, não sei quem podia dizer, é renunciar ou pedir licença.
RENAN - Isso [inaudível]. Ela avaliou esse cenário todo. Não deixei ela falar sobre a renúncia. Primeiro cenário, a coisa da renúncia. Aí ela, aí quando ela foi falar, eu disse, 'não fale não, pelo que conheço, a senhora prefere morrer'. Coisa que é para deixar a pessoa... Aí vai: impeachment. 'Eu sinceramente acho que vai ser traumático. O PT vai ser desaparelhado do poder'.
MACHADO - E o PT, com esse negócio do Lula, a militância reacendeu.
RENAN - Reacendeu. Aí tudo mundo, legalista... Que aí não entra só o petista, entra o legalista. Ontem o Cassio falou.
MACHADO - É o seguinte, o PSDB, eu tenho a informação, se convenceu de que eles é o próximo da vez.
RENAN - [concordando] Não, o Aécio disse isso lá. Que eu sou a esperança única que eles têm de alguém para fazer o...
MACHADO - [Interrompendo] O Cunha, o Cunha. O Supremo. Fazer um pacto de Caxias, vamos passar uma borracha no Brasil e vamos daqui para a frente. Ninguém mexeu com isso. E esses caras do...
RENAN - Antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso.
MACHADO - Acaba com esse negócio da segunda instância, que está apavorando todo mundo.
RENAN - A lei diz que não pode prender depois da segunda instância, e ele aí dá uma decisão, interpreta isso e acaba isso.
MACHADO - Acaba isso.
RENAN - E, em segundo lugar, negocia a transição com eles [ministros do STF].
MACHADO - Com eles, eles têm que estar juntos. E eles não negociam com ela.
RENAN - Não negociam porque todos estão putos com ela. Ela me disse e é verdade mesmo, nessa crise toda –estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável, ela está gripada, muito gripada– aí ela disse: 'Renan, eu recebi aqui o Lewandowski,
querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável'.
MACHADO - Eu nunca vi um Supremo tão merda, e o novo Supremo, com essa mulher, vai ser pior ainda. [...]
MACHADO - [...] Como é que uma presidente não tem um plano B nem C? Ela baixou a guarda. [inaudível]
RENAN - Estamos perdendo a condição política. Todo mundo.
MACHADO - [inaudível] com Aécio. Você está com a bola na mão. O Michel é o elembto número um dessa solução, a meu ver. Com todos os defeitos que ele tem.
RENAN - Primeiro eu disse a ele, 'Michel, você tem que ficar calado, não fala, não fala'.
MACHADO - [inaudível] Negócio do partido.
RENAN - Foi, foi [inaudível] brigar, né.
MACHADO - A bola está no seu colo. Não tem um cara na República mais importante que você hoje. Porque você tem trânsito com todo mundo. Essa tua conversa com o PSDB, tu ganhou uma força que tu não tinha. Então [inaudível] para salvar o Brasil. E esse negócio só salva se botar todo mundo. Porque deixar esse Moro do jeito que ele está, disposto como ele está, com 18% de popularidade de pesquisa, vai dar merda. Isso que você diz, se for ruptura, vai ter conflito social. Vai morrer gente.
RENAN - Vai, vai. E aí tem que botar o Lula. Porque é a intuição dele...
MACHADO - Aí o Lula tem que assumir a Casa Civil e ser o primeiro ministro, esse é o governo. Ela não tem mais condição, Renan, não tem condição de nada. Agora, quem vai botar esse guizo nela?
RENAN - Não, [com] ela eu conversa, quem conversa com ela sou eu, rapaz.
MACHADO - Seguinte, vou fazer o seguinte, vou passar no presidente, peço para ele marcar um horário na casa do Romero.
RENAN - Ou na casa dele. Na casa dele chega muita gente também.
MACHADO - É, no Romero chega menos gente.
RENAN - Menos gente.
MACHADO - Então marco no Romero e encontra nós três. Pronto, acabou. [levanta-se e começam a se despedir] Amigo, não perca essa bola, está no seu colo. Só tem você hoje. [caminhando] Caiu no seu colo e você é um cara predestinado. Aqui não é dedução não, é informação. Ele está querendo me seduzir, porra.
RENAN - Eu sei, eu sei. Ele quem?
MACHADO - O bicho daqui, o Janot.
RENAN - Mandando recado?
MACHADO - Mandando recado.
RENAN - Isso é?
MACHADO - É... Porra. É coisa que tem que conversar com muita habilidade para não chegar lá.
RENAN - É. É.
MACHADO - Falando em prazo... [se despedem]
Segunda conversa
MACHADO - [...] A meu ver, a grande chance, Renan, que a gente tem, é correr com aquele semi-parlamentarismo...
RENAN - Eu também acho.
MACHADO -...paralelo, não importa com o impeach... Com o impeachment de um lado e o semi-parlamentarismo do outro.
RENAN - Até se não dá em nada, dá no impeachment.
MACHADO - Dá no impeachment.
RENAN - É plano A e plano B.
MACHADO - Por ser semi-parlamentarismo já gera para a sociedade essa expectativa [inaudível]. E no bojo do semi-parlamentarismo fazer uma ampla negociação para [inaudível].
RENAN - Mas o que precisa fazer, só precisa tres três coisas: reforma política, naqueles dois pontos, o fim da proibição...
MACHADO - [Interrompendo] São cinco pontos:
[...]
RENAN - O voto em lista é importante. [inaudível] Só pode fazer delação... Só pode solto, não pode preso. Isso é uma maneira e toda a sociedade compreende que isso é uma tortura.
MACHADO - Outra coisa, essa cagada que os procuradores fizeram, o jogo virou um pouco em termos de responsabilidade [...]. Qual a importância do PSDB... O PSDB teve uma posição já mais racional. Agora, ela [Dilma] não tem mais solução, Renan, ela é uma doença terminal e não tem capacidade de renunciar a nada. [inaudível]
[...]
MACHADO - Me disseram que vai. Dentro da leniência botaram outras pessoas, executivos para falar. Agora, meu trato com essas empresas, Renan, é com os donos. Quer dizer, se botarem, vai dar uma merda geral, eu nunca falei com executivo.
RENAN - Não vão botar, não. [inaudível] E da leniência, detalhar mais. A leniência não está clara ainda, é uma das coisas que tem que entrar na...
MACHADO -...No pacote.
RENAN - No pacote.
MACHADO - E tem que encontrar, Renan, como foi feito na Anistia, com os militares, um processo que diz assim: 'Vamos passar o Brasil a limpo, daqui para frente é assim, pra trás...' [bate palmas] Porque senão esse pessoal vão ficar eternamente com uma espada na cabeça, não importa o governo, tudo é igual.
RENAN - [concordando] Não, todo mundo quer apertar. É para me deixar prisioneiro trabalhando. Eu estava reclamando aqui.
MACHADO - Todos os dias.
RENAN - Toda hora, eu não consigo mais cuidar de nada.
[...]
MACHADO - E tá todo mundo sentindo um aperto nos ombros. Está todo mundo sentindo um aperto nos ombros.
RENAN - E tudo com medo.
MACHADO - Renan, não sobra ninguém, Renan!
RENAN - Aécio está com medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa.'
MACHADO - Renan, eu fui do PSDB dez anos, Renan. Não sobra ninguém, Renan.
[...]
MACHADO - Não dá pra ficar como está, precisa encontrar uma solução, porque se não vai todo mundo... Moeda de troca é preservar o governo [inaudível].
RENAN - [inaudível] sexta-feira. Conversa muito ruim, a conversa com a menina da Folha... Otavinho [a conversa] foi muito melhor. Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios tem cometido exageros e o João [provável referência a João Roberto Marinho] com aquela conversa de sempre, que não manda. [...] Ela [Dilma] disse a ele 'João, vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos'. E ele dizendo 'isso virou uma manada, uma manada, está todo mundo contra o governo.'
MACHADO - Efeito manada.
RENAN - Efeito manada. Quer dizer, uma maneira sutil de dizer "acabou", né.
Leia a íntegra das notas divulgadas pelas assessoria de Renan Calheiros e do PSDB:
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) tem por hábito receber todos aqueles que o procuram. Nas conversas que mantém, habitualmente, defende com frequência pontos de vista e impressões sobre o quadro. Todos os pontos de vista, evidentemente, dentro da Lei e da Constituição Federal.
As opiniões do senador, sempre, foram publicamente noticiadas pelos veículos de comunicação, como as críticas ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, a possibilidade de alterar a lei de delações para, por exemplo, agravar as penas de delações não confirmadas e as notícias  sobre delações de empreiteiras, todas foram, fartamente, veiculadas. A defesa pública de uma solução parlamentarista também foi registrada em vários artigos e colunas e o próprio STF pautou o julgamento do tema. O Senado, inclusive, pediu sua retirada da pauta.
Em relação ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), o senador Renan Calheiros se desculpa porque se expressou inadequadamente. Ele se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação – e não medo – com a citação do ex-senador Delcídio do Amaral.
Os diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações.
Assessoria de Imprensa
Presidência do Senado Federal

NOTA PSDB
Fica cada vez mais clara a tentativa deliberada e criminosa do senhor Sérgio Machado de envolver em suspeições o PSDB e o nome do senador Aécio Neves, em especial, sem apontar um único fato que as justifique. As gravações se limitam a reproduzir comentários feitos pelo próprio autor, com o objetivo específico de serem gravados e divulgados.
É inaceitável essa reiterada tentativa de acusar sem provas em busca de conseguir benefícios de uma delação premiada. Por isso será acionado pelo partido na Justiça. 
Sobre a referência ao diálogo entre os senadores Aécio Neves e Renan Calheiros, o senador Aécio manifestou a ele o que já havia manifestado publicamente inúmeras vezes: a sua indignação com as falsas citações feitas ao seu nome.