As ações de violência que explodiram no começo da semana na capital foram promovidas pela facção Bonde dos 13, que tem fortes lideranças no Estado e que chega a competir dentro das penitenciárias com grupos criminosos de fora da região, como o PCC e o Comando Vermelho.
A revelação foi feita por um policial com muita experiência no combate ao crime organizado que pediu reserva de sua identidade. Ele contou que a ordem para as ações violentas saíram de dentro da penitenciária, como represália pala morte dos assaltantes Fábio André e Francisco Denis, que executavam roubos para arrecadar dinheiro para a organização.
No começo da manhã de ontem os três principais líderes do Bonde do 13, Jeremias Lima de Souza, o “Gê”, apontado como o dirigente máximo da organização criminosa, Francisco das Chagas Oliveira, o número dois do bando e Francisco Geilson Oliveira Costa, o número três na linha de comando, foram transferidos para o presídio de segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Junto com eles, mais doze presidiários foram levados em avião da FAB para Mossoró e para Mato Grosso do Sul, com destaque para Herik D’ávila Ribeiro, levado para Mossoró, no Rio Grande do Norte e Gerbson da Costa Nascimento, encaminhado a Campo Grande. Eles são considerados dirigentes de outras facções e pela segunda vez são transferidos para presídios federais em outros estados.
Os dois assaltantes mortos somavam mais 50 processos, com longas fichas criminais e um deles, Fábio André, era foragido de Cruzeiro do Sul. O comando criminoso do Bonde dos 13 mobilizou membros da facção em liberdade, familiares de presos e pessoas em regime semiaberto e em livramento condicional para assustar a população com ações de vandalismo.
A transferência dos presos perigosos deve fazer diminuir a pressão sobre os presidiários nas cadeias, uma vez que esses líderes impunham um regime de terror, especialmente sobre os presos mais jovens e suas famílias.
O policial que repassou as informações elogiou a pronta resposta do Governo do Estado à violência das facções criminosas e a união das forças de segurança e das instituições.
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