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terça-feira, 21 de junho de 2016

Lula priorizou o projeto de poder e não de país acusou Marina silva


Postado por Ricardo Lima ás 17:04 

 O Globo
  
A ex-senadora e ex-candidata à Presidência Marina Silva acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de priorizar o projeto de poder e não de país. Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura na segunda-feira, ao ser indagado como definiria Lula hoje, a porta-voz da Rede Sustentabilidade respondeu:

“Um homem que perdeu a oportunidade de colocar o projeto de país acima do projeto de poder”.
Ex-petista, Marina Silva foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula entre 2003 e 2008 e por muito tempo foi próxima ao ex-presidente. O nome de uma das filhas da ex-senadora, Moara, que nasceu durante a campanha presidencial de 1989, é uma homenagem ao líder petista. Moara, em tupi-guarani, significa “liberdade”.

No “Roda Vida” na segunda-feira, Marina Silva afirmou que no Brasil não se discute perspectiva de nação, mas sim projetos de poder.

“Isso tem a ver com muitos dos resultados que lideranças estão amargando. As lideranças políticas se perderam nesse caminho e pagam um preço politico muito alto em razão disso”, disse ela ao citar planos do PSDB e do PT “de ficarem pelo menos 20 anos no poder”.

A ex-senadora voltou a defender a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ela, um governo do PMDB para substituir o do PT "seria trocar seis por meia dúzia" já que os dois partidos têm nomes implicados na Operação Lava-Jato.

“O impeachment alcança a legalidade, mas não alcança a finalidade. Se a finalidade é passar o Brasil a limpo com certeza não será o PMDB e o presidente Michel Temer que farão essa finalidade. O PT e o PMDB praticaram juntos em relação às diretorias da Petrobras.

Segundo as investigações, havia até uma coordenação de propina para que houvesse equilíbrio na distribuição. A Lava-Jato já derrubou três ministros. O melhor caminho é do TSE porque cumpre com a legalidade e alcança a finalidade. Não queremos trocar seis por meia dúzia. Queremos resolver o problema do país”.

Questionada sobre as primeiras semanas do governo Temer,Marina Silva líder da Rede Sustentabilidade disse que o país vive um "momento difícil" e que a equipe econômica é competente, mas “dentro de um governo politicamente insolvente”.

“Nessas primeiras semanas tem a dificuldade em razão da natureza do próprio governo que vem de uma crise da qual ele é parte porque PT e PMDB estiveram juntos por 13 anos. Parece que a gente tem nesses primeiros dias uma equipe econômica tentando governar e o presidente tentando se explicar. 

Obviamente com o processo de impeachment em curso, o governo interino tem que equilibrar a necessidade de apresentar medidas concretas, 11 milhões de desempregados e, ao mesmo tempo, pilotar a grave crise política que está assolando o país”.

NOVAS ELEIÇÕES

A líder da Rede Sustentabilidade criticou a possibilidade de a presidente afastada Dilma Rousseff defender novas eleições caso retorne ao cargo ao final do julgamento do impeachment no Senado.
“A Constituição não assegura que se possa mudar um presidente da República por uma PEC. O que tem legalidade e finalidade é o julgamento no TSE - reforçou.

DELAÇÃO DE LÉO PINHEIRO

Marina também voltou a negar que tenha recebido recurso oriundo de caixa dois para sua campanha à Presidência em 2010. Conforme revelou o colunista Lauro Jardim, durante negociação de delação premiada, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, se comprometeu a falar do caixa dois que, segundo ele, irrigou a campanha dela.

“Não se tem ainda uma delação, uma materialização. Uma injustiça muito grande com a minha campanha, que não tem um centavo de caixa 2. Eu tomei a decisão de junto com o Guilherme (Leal, então candidato à vice-presidente) em apostar no trabalho da Justiça, da Força-Tarefa da Operação Lava-Jato. Se acham que iam arrancar de mim alguma palavra contra a Lava-Jato estão enganados”.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Ela também defendeu um debate sobre a reforma da Previdência, o que, segundo ela é “uma necessidade histórica”, mas ressaltou que os direitos já conquistados devem ser preservados.

“É hora de discutir, sim. Agora, a lei não pode prejudicar os que já estão com esse direito. Agora como faremos isso é um debate que precisa ser aprofundado”. disse Marina Silva!

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