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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Por causa da letra "S", escrivã de polícia não consegue se aposentar pelo INSS no Acre


Há 48 anos, quando tirou sua carteira de identidade, no que hoje é conhecido por Instituto de Identificação, órgão ligado à Secretaria de Estado de Polícia Civil, a escrivã de Alberlene da Silva Barrozo nem percebeu que o funcionário que a recebeu grafou errado o seu sobrenome. O Barrozo, desde aquela época, quando ela tinha 18 anos, consta em todos os documentos pessoais de Alberlene com “S”. Faltou atenção do servidor, que tinha em mãos a certidão de nascimento da mulher.

“Quando a gente tira o RG, a certidão de nascimento fica de escanteio. Eu nunca pensei que fosse precisar dela logo agora, num dos momentos mais importantes da minha vida”, conta a escrivã.

Alberlene, hoje com 56 anos, teve a aposentadoria negada por causa do “S” intruso. O processo dela foi devolvido pelo Acre Previdência à Secretaria de Segurança Pública. Já são quase 30 dias de peregrinação em agências bancárias (mudar conta, solicitar novos cartões de crédito e débito), na Receita Federal (emissão de novo CPF) e no próprio instituto de identificação, para requerer nova RG.

A reportagem de Contilnet encontrou Alberlene na fila do INSS. Ela venceu todas as etapas burocráticas, mas confessa que ficou assustada e insegura. “Meu Deus, eu quase tive um troço. Agora eu só preciso da certidão da Previdência Social, constando o tempo de contribuição. Vou me aposentar. Estou feliz agora”, disse ela.

Assem Neto, Da ContilNet Notícias

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